No calor do seu olhar criança
fiz chuva e tempestade.
Clamei mais uma gota de tempo
mas foi tão rápido nem pude gravar o resto
sequer o rosto.
O que ficou foi o poema que me recitou com os olhos.
Fui cativo de tua vontade por mil anos
e o piscar fulminante decretou apenas alguns segundos.
Tão veloz e tão voraz.
Quantos beijos incendiaram meu imaginário
Quantas brisas de vida transpassavam meu rosto
Quantos acontecimentos e nada aconteceu.
Me vi por um momento no espelho de sua íris
mas o espelho se quebrou
se quebrou a promessa.
Se caiu na rotina.
Se caiu por terra.
Se explica, logo, não é mais amor.
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