sábado, 31 de julho de 2010

Instante

No calor do seu olhar criança

fiz chuva e tempestade.

Clamei mais uma gota de tempo

mas foi tão rápido nem pude gravar o resto

sequer o rosto.

O que ficou foi o poema que me recitou com os olhos.


Fui cativo de tua vontade por mil anos

e o piscar fulminante decretou apenas alguns segundos.

Tão veloz e tão voraz.

Quantos beijos incendiaram meu imaginário

Quantas brisas de vida transpassavam meu rosto

Quantos acontecimentos e nada aconteceu.


Me vi por um momento no espelho de sua íris

mas o espelho se quebrou

se quebrou a promessa.

Se caiu na rotina.

Se caiu por terra.

Se explica, logo, não é mais amor.

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