Sou tenro e novo.
Meus ombros virgens e calejados.
Sou ego, id e povo.
as migalhas dos sonhos esfacelados.
sou apenas uma criança
afogada num rio de responsabilidades.
Fui a cara pintada
o grito de guerra
a pá empunhada
as lutas por terra
os desejos de justiça
a lágrima que chove depois das impunidades.
Mas por quê isso me rasga?
Por quê só a mim?
O que é este grão que devasta?
Por quê incomoda assim?
E este sentimento que me arrasta,
e nunca chega ao fim?
Esta enxurrada de dores trazida pelas tempestades.
Será que ninguém mais sente?
Será que sinto sozinho?
Sigo vagarosamente
remando o meu barquinho
e quando batem as ondas
sempre perco um pedacinho
Do meu barco de papel que transita pelas idades.
Sinto forte a consciência
e o azul do mar bonito
vou deixando a resistência
vou boiando pro infinito
Não sinto o olhar da sorte
sinto a força dos ventos
ventos que sopram forte
voam a esmo os pensamentos.
Sou tão jovem
e só lembro tudo que passou
quando tiro o pó das figurilhas antigas.
coisa de gente que vive muito em pouco tempo.
ResponderExcluirPessoa que vive e é e sente.