Quando morrer eu desisto
de desatar aflito
o nó bonito
o não finito
que só faz crescer.
Com serena calma
tempo na palma
nas mãos da alma
vai madurecer.
O que é obscuro
fruto imaturo
casco duro
vai amolecer.
Até lá eu procuro
em toda a parte
e só acho a arte
pra me preencher
É inexplicável
é intraduzível
o banquete invisível
ao anoitecer.
Quando morrer eu desisto
enquanto viver eu insisto
em tentar nascer.
Belo, sensível... foi que senti. Parabéns!!!
ResponderExcluirTá na hora de publicar a sua obra, o livro, claro está!
Abraços
Já disse uma vez ao Fábio que o nome deste blog vem muito a calhar. Sua poesia tem uma musicalidade envolvente, a sonoridade e o tema combinam harmonicamente. Às vezes penso estar ouvindo um violão tocando uma bossa nova por detrás dos poemas. Parabéns!
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